8 de março de 2009





A CAMISOLA

Estou deitado...
Meus olhos vagos,seguem seu vulto que
passa a meu lado.
Pego o cigarro... Dou mais um trago.
Faço sempre assim antes de dormir.
Por sobre o corpo nu,
desliza a seda azul da camisola fria,
que seu corpo arrepia.
Com graça e beleza,sobre os ombros soltas,
os longos cabelos que acariciam as costas.
Embriago-me de desejos, na ânsio do esperar.
Imaginando seus beijos,outro cigarro começo a fumar.
Num gesto travesso,escorrega pelo braço,
a pequenina alça que sustenta o laço.
A camisola nem se importa,e nem percebe meus anseios.
Quando deixa à mostra parte dos pequeninos seios.
Continuas no espelho,como se a ele perguntasse:
Se no mundo existia mais bela que a suplatasse.
Perfumou-se como a flor, depois veio se deitar.
Em meus braços se aninhou sem a camisola tirar.
Minhas mãos suavemente em carícias a despia.
Enquanto sua boca,mais carinhos me pedia.
Os pêlos negros sedosos,a pele branca macia.
deslizava em meu corpo,com desejo me mordias.
De manhã entorpecida,outra vez amor queria.
E a camisola esquecida.
no chão do quarto dormia.

(Djalma Chaves - 'Tio Didi')
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