31 de julho de 2011

INGENUAMENTE




Tu que me dizias que ingenuamente,
Oferecias-me o cálice do teu corpo quente.
Tu que dizias ser jovem e pura,
E generosamente me tinhas só ternura.
Tu que me beijavas inocentemente,
Sugando meus lábios completamente.
Tu que como um anjo vindo do céu,
Dizias que teu amor era imaculado,
Como a pureza de um branco véu.
Tu que me oferecias os seios perfeitos
Pedindo puras carícias com malícia e jeito.
Tu que me exibia os púbis macios,
Como penugens de ave, que vieram cedo.
Tu que ao se despir dizias, ter muito medo
Da nudez que seduz ao expor os pelos.
Tu que se excitava ao me excitar,
E na felação dizias querer só brincar.
Tu que gostavas de curtir meu colo,
E no orgasmo jogava o corpo para o ar.
Tu que se contorcias e de prazer gemia,
E loucamente mais amor queria.
Tu quando no cio, não escolhias lugar,
Mostrava-se voluptuosa só pra enganar.
Tu que se serviu de mim numa forma passiva,
Satisfazendo-se de uma forma ativa.
Tu que transformou meu modo de pensar,
Conduzindo e me usando até se cansar.
Tu que quando achou que eu não servia mais,
Pôs-me de lado sem olhar pra trás.
Tu que adolescente, ainda mente assim,
Sei que não aconteceste só pra mim.
Tu que parecia pudica e tímida mocinha,
Mas havias se aviltado ainda menininha.
Tu enfim, perdeste a dignidade e o valor.
E, o pior que minha amizade,
Foi a perda do meu amor.

Djalma Chaves

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